Academiæ

"Me disseram que pensar era ingênuo, e daí? Nossa geração não quer pensar. Pois que pense, a que há de vir."

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HQ – Nossos Traços

O mundo dos quadrinhos vem sofrendo grandes mudanças na última década, a ascensão dos mangás (quadrinhos japoneses), os novos nouvelles (quadrinhos online e independentes), as tentativas de grandes estúdios como a DC de “recriara” sua própria historia e personagens e ontem a noite a lamentável noticia da morte de Jerry Robinson o criador do Coringa (Jocker) um dos vilões mais famosos de todos os tempos.

A melhor versão do vilão até hoje.

Oficialmente se adotou o Yellow Kid do norte-americano Richard Outcault, de 1895, como marco zero para se contar a história das histórias em quadrinhos do mundo. Mas manifestações anteriores podem ser encontradas em várias partes do mundo. No Brasil, o ano era 1869 e o ítalo-brasileiro Ângelo Agostini levava para as revistas e jornais da época seus personagens em diversas situações de humor e aventura com “As aventuras de Nhô-Quim e Zé Caipora”. Em homenagem a este pioneiro da Arte Seqüencial brazuca foi criado o dia do Quadrinho Nacional e anualmente esta data trás consigo um festejo aliado à vontade de reconfigurar o cenário da produção brasileira em algo mais sólido e substancial. Para aqueles que tem paixão pelo tema, recomendo uma prazerosa e rica leitura do livro Literatura da Imagem. Esse livro não é tão fácil de encontrar, paras os sortudos que encontrarem um dica: Compre um cofre!
Literatura da Imagem (Salvat), organizado por Román Gubern, um conhecido estudioso espanhol das HQs. Literatura da ImagemO volume compõe a coleção Biblioteca Grandes Temas, traduzida do espanhol e era, até poucos anos, o mais bem produzido livro sobre quadrinhos já publicado no país. Papel couchéde qualidade, impressão em cores belíssimas e capa dura plastificada valorizavam um conteúdo rico em informações e profusamente ilustrado. Há algumas incorreções, mas que, de modo geral, não chegam a comprometer a qualidade do produto final.Pela lista acima é fácil notar que, por muitos anos, o mercado careceu de livros sobre quadrinhos. Que os bons ventos que passaram a soprar a partir de 2004 continuem com toda força, pois só assim conseguiremos diminuir, aos poucos, essa carência bibliográfica sobre a arte seqüencial.

Neste dia, em que os Quadrinhos tornam-se foco de atenção, é importante lembrar a riqueza de gêneros, estilos e a segmentação que essa forma de arte assume com material direcionado a públicos de distintas faixas etárias e econômicas.
Mesmo perdendo espaço na mídia impressa, com os jornais trocando a seção de quadrinhos por anúncios ou fofocas de artistas, a Arte Sequencial vai ganhando espaços seja no cinema, nas livrarias ou na internet. É impossível ignorar a força que os personagens de quadrinhos ganharam no mundo da cultura pop, desde jargões antigos comuns “brucutu” e “imprensa marrom” às modernas discussões sobre multiversos, clonagens e mutações genéticas (temas antigos para os aventureiros dos quadrinhos).
Ângelo Agostini era pintor, desenhista, crítico de arte e, porque não dizer, crítico social. Em seu traço marcante retratava a vida nos tempos do Segundo Império e da embrionária República. O Quadrinho Nacional mantém ligações estreitas com a hoje histórica produção de Agostini, seja no caráter de crítica social, hoje abraçado pelas Charges, seja no traço rebuscado que encontra reflexo nas ilustrações, seja nas narrativas de aventura presente na produção dos quadrinhos modernos. Comemoramos o dia 30 de janeiro em homenagem a um autor que foi criativo e versátil antecipando o que hoje é necessário àqueles que resolvem abraçar o quadrinho como expressão artística. Mais que um dia dedicado aos Quadrinhos é, este, um dia dedicado ao Quadrinho NACIONAL com todas as suas dificuldades de produção e veiculação, com toda a concorrência desleal com os enlatados japoneses, norte-americanos ou europeus. Não é a questão de destratar as republicações estrangeiras, mas é de observar que há artistas e há produção nacional resistindo seja ela manifestada nos sucessos editoriais de Maurício de Souza, Angeli, Laerte, Laudo, André Diniz seja na humilde mas incansável produção independente. Seja veiculada em fanzines, internet, álbuns de luxo ou revistas de linhas o dia 30 de Janeiro é o dia de lembrar que a produção Nacional existe e precisa ser vista!

Evento no Ceará

Talvez um dos maiores artistas do estado do Ceará, Hermínio Macedo Castelo Branco, o Mino, também é um profissional em vários outros ofícios. No entanto, para o humor ele possui um empenho quase divino, alcançando o riso existente no coração da pessoa mais sisuda, atingindo o próximo com sua graça inteligente sem esforço algum, em um labor humorístico quase papal.

A Gibiteca de Fortaleza e o Fórum de Quadrinhos do Ceará tem enorme alegria e honra em receber esse ilustre artista no dia 17 de dezembro, às 14.30, para um bate-papo sobre sua carreira, ideias e projetos futuros.

Não perca a oportunidade!

Quer saber mais sobre o Mino? Então acesse: Laboratório Espacial!

No Dia do Quadrinho Nacional tem GIBIARTE 2012

 Enquanto Janeiro não chega vamos relembrar as artes que integraram a exposição digital montada com a produção após o GIBIARTE 2010.
 http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=H6iSfmP3tBs

Idealizado por João Belo Jr, o Gibiarte é um encontro de produção onde artistas e apreciadores de desenho convidam o público a soltar o traço. Realizado durante o DQN (Dia do Quadrinho Nacional) o evento promove a integração e promove uma exposição interativa onde as artes vão sendo produzidas e expostas em seguida. As artes estão compiladas no arquivo da Gibiteca de Fortaleza para futuras referencias e como registro artístico da comemoração do Dia do Quadrinho Nacional em Fortaleza.

OBS: Material originalmente publicada no site http://www.armagem.com e http://fqce.blogspot.com
Com algumas adaptações, acréscimos e correções.

Tá velho mas vai durar muuuito.

Hokusai Manga

Gravuras de pintor que influenciou mangá são reunidas em livro.

Capa e uma foto de um original de Hokusai, a origem dos mangás.

Formato: Livro
Autor: KAKAOKA, KAZUYA
Editora: RANDOM HOUSE
Assunto: ARTES

ISBN: 4756240690
ISBN-13: 9784756240699
Idioma: Livro em inglês
Encadernação: Brochura
Dimensão: 30 x 21,3 cm
Edição: 1ª
Ano de Lançamento: 2011
Número de páginas: 600

Valor da Obra: o preço fica acerca de R$120,00, é livro com um público muito seleto, formado em sua maioria fãs do gênero, especialistas ou colecionadores.

Sinopse: “Hokusai Manga” é uma obra de Katsushika Hokusai (1760-1849), um mestre da arte Ukiyo-e, retratando a vida das pessoas comuns, animais, plantas, paisagens e figuras humanas, históricas e sobrenaturais, até demônios e monstros, como se foram uma enciclopédia visual, no valor de quinze volumes. Este livro seleciona peças de cada volume e compila-los em um livro. A obra original se espalhou no Japão e foi para a Europa no meio do século XIX.

Trezentas pranchas inéditas do La Manga do pintor japonês Katsushika Hokusai (1760-1849) – uma compilação de croquis, desenhos e caricaturas, que influenciou os impressionistas franceses, e ancestral dos mangás contemporâneos – estão reunidos num livro, apresentado na quinta-feira (1), em Paris.

Hokusai é o primeiro a ter suas gravuras incluídas numa só obra e que, na época, fascinaram os artistas Manet, Monet, Degas, tornando-se conhecidas, no Ocidente, graças ao pintor e gravador Félix Bracquemond. O livro Hokusai Manga, de 700 páginas, foi editado por La Martinière.

Animais, caricaturas, paisagens e cenas do cotidiano são reproduzidos em gravuras em madeira da época, no formato 30,3 x 21 cm, acompanhados de textos bilingues (francês-japonês) redigidos por dois especialistas: Hideki Nakamura, crítico de arte e professor emérito da Universidade de Nagoya Zokei, e Mitsuru Uragami, antiquário e especialista em artes asiáticas.

Uragami é considerado “o maior colecionador de Hokusai”, segundo a editora. Ele possui 1.500 trabalhos dele que reúne há 40 anos, tendo apresentado à imprensa dez cadernos, na edição original (1814- 1878) assim como vários desenhos eróticos.

“O mundo conhece, principalmente, as 36 vistas do Monte Fuji e da Grande Onda de Kanagwa, mas Hokusai, que morreu aos 90 anos, numa época na qual a expectativa de vida era de 50 anos, só começou a se interessar por paisagens aos 70 anos”, explicou Uragami.

“Antes, ele se dedicava a retratos dos atores do Teatro de Kabuki e de belas mulheres. Mudou várias vezes de nome e considerava que o valor artístico de uma obra residia na capacidade de seu autor mudar de estilo”, acrescentou. “Hokusai dizia que começou a desenhar aos seis anos, que foi medíocre até os 70 anos e que aos 90 ou 100 anos chegaria, sem dúvida, ao ideal”, prosseguiu o especialista.

La Manga conta com cerca de 4 mil pranchas que Hokusai começou a conceber aos 55 anos, para seus aprendizes – 200 pessoas em todo o Japão. “Os dez primeiros tomos chegaram a ser editados e tiveram um tal sucesso junto ao público que Hokusai decidiu dar continuidade a eles”, acrescentou Uragami.

Segundo ele, os cadernos com os croquis “serviam, então, de divertimento durante festas e reuniões familiares, com os convidados tentando reproduzir os desenhos como fazem, hoje, karaokê”.

OPINIÃO: Embora essa seja realmente uma obra de grande valor sobre o tema, eu aconselho comprar apenas aqueles tem afinidade pelo assunto e um bom domínio de inglês, pois como já foi citado, a obra não tem tradução para o português ainda, e quando houver certamente seu preço vai subir consideravelmente então recomendo baixar o e-book em PDF que pode ser facilmente encontrado em alguns blogues (o e-book também está em ingles!)

Fonte: Canal do Terra.

Adaptado e corrigido por mim.

 

Futuro Próximo (bem próximo)

Sugestão #9

O Beijo na Arte. Poucos temas trazem um choque visual tão forte e intenso, mesmo em diferentes épocas, culturas e estilos.

Uma das muitas variações do pintor sobre o tema.

O segredo das faces, uma assinatura do próprio Magritte.

Os poucos detalhes do escultor não minimiza o ato, mas o intensifica.

Pessoalmente, eu prefiro o "Guernica", mas ele não se enquadra na sugestão.

A expressão cega de dois apaixonados.

Já foi dito que “O beijo é a menor distância entre dois corações apaixonados.” O tema dessa sugestão é a principio romântico, mas também levar a pessoa a pensar, na sociedade moderna, não estaríamos banalizado o ato? Mergulhamos em festas e baladas em busca de uma companhia passageira, onde atos como beijar perdem o emocional se liga ao intencional. Podemos se perguntar: Ainda estamos mesmo beijando quem está conosco? Ou isso é apenas um ato necessário para se chegar mais longe na noite?

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